"Quero voar num sonho chamado poesia; sem limites, o céu atingir... atrevida!

Lá estarei... sobrevoando mares, sentindo o vento dos vales e das nuvens. Ver o quanto somos pequeninos...

Enfim, trocar as estrelas por margaridas me sorrindo."

(Sirlei L. Passolongo)




domingo, 13 de novembro de 2011

Amiga...

Encontrar um bichinho na goiaba, não significa que ela está estragada por inteiro. Nem estragada ela está. Só se tem o receio de morder de novo. Vou ali pegar um faca, cortar o pedaço bichado e comer o resto. O fruto é lindo na árvore, pena que não gosto de nada de longe. O risco é básico, mas não to preocupada com isso não. Esse não é o último fruto da goiabeira, é uma delícia, não preciso de ninguém pra isso e tô aqui perdendo tempo.


(Denyria Plácido)








sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Eu vou ficar por aqui mesmo...

É...
...machuca. Dói. Corrói. Arde.
Não consigo agir, me sinto incapaz. Dificil ver quem você ama sofrer. Pior ter a liberdade de agir e não ter a sabedoria e atitude. Ele que sofre e eu que choro. Me sinto um vaso quebrado, vendo a LINDA flor ir ao chão.. despetalado, e eu em pedaços. Não quero conselho. Não quero vozes. Quero olhares, abraço e muita transparência. Na verdade, queria mesmo era uma voz do além me dizendo o que fazer. E realmente, é muita contradição para um ser só. Mas to assim, sou complexa e não to nem ligando pra pensamentos de terceiros. O melhor da vida é fazer nessas horas o que quiser, e dane-se o resto. Ninguém nunca ta satisfeito com a vida. E já que eu sou contraditória, amo a minha vida sim!
E nesse momento, vou deitar em minha cama e tentar dormir. Serei covarde e serei melhor assim. A covardia vai ser o meu maior ato de coragem, e eu vou ser feliz agora. Porque fiz o que quis, na hora que quis. E meu amado.. aah, o meu amado. Queria que soubesse como quero te ajudar, queria que sentisse a minha ânsia em estar aí. Mas hoje, meu amor, eu vou ficar por aqui mesmo... você não tem forças pra lutar, e eu tenho força demais pra pouca luta. Quem sabe um dia a gente aprenda, a gente se entenda, a gente se complete. Mas hoje, estou impossibilitada. Só rezo, vou chorar minhas mágoas pra Deus, porque, embora muito longe, é o mais perto do meu coração.

(Denyria Plácido)

sábado, 15 de outubro de 2011

Vai na onda.

Tô sentindo seu cheiro, caramba. Fico procurando no quarto o que é que pode estar com o seu perfume; roupa, bolsa, caderno. Nada. Cama muito menos. É a merda do psicológico que se juntou com o coração e juntos, tiveram um filho chamado fígado. E o fígado, aquele espertinho, sente saudades. Na hora da farra se acha o galã, quer aguentar todas: é vodka, cerveja, energético, tequila e o que vier adentro. Alguns aperitivos pra não bambear. Dorme leve, feliz. Eu diria que bem feliz, por sinal. Aí no outro dia tá lá o Marcão, jogando tudo pra fora. Devolvendo a ignorância.
Iiiiiih lá vem a rotina! O psicológico vem dar bronca e o coração chorar. Bem pai e mãe, mesmo.  A vida é assim, brother. Enquanto a gente vai na laia dos outros a gente se ferra. A gente se lasca. Pai e mãe dizem o certo, mas enchem o saco. Não entram no clima. O lance é saber o que tem dentro de você e quando começa o exagero. Aí, nada de vômito, nada de reclamação. O choro vem de vez em quando, normal. Tem uma galera chata aí que a gente tem que suportar. O negócio é manter o esquema: positividade e mente aberta. Fazer o bem para os outros e pra você mesmo. Deixe o fígado em paz, pô! E não esquece que o coração e psicológico tem que andar sempre juntos, senão sua vida desmorona. Até por que, o esôfago vai sempre cometer uns deslizes! ;)

sábado, 27 de agosto de 2011

As pedrinhas que vão ficando no caminho.



Estava aqui, lembrando de alguns momentos só nossos, que você faz questão de deixar passar despercebido. As idas e vindas que o amor faz com que a gente viva. O que insiste em chamar de difícil e não larga mão de jeito nenhum. Lembrei de quando caminhamos rumo à minha casa, abraçados, puxando assunto pra não ficar em silêncio; não durou muito. O silêncio nos chamou e respondemos sim. Você me deu um leve empurrão pra calçada, e olhou pra mim com um lindo sorriso, como o de uma criança, que faz arte e sorri para não levar bronca.  Eu sorri também, e te empurrei dizendo "sai pra lá, seu bobo".  Sorrimos juntos. Você chutou uma pedrinha, ainda sorrindo, e voltou a me abraçar. Deu-me um leve beijo na testa, que me fez sorrir de novo, como uma menininha com boneca nova. Beijei-te o rosto e te fiz sorrir também. Continuamos andando e eu chutei de novo a pedrinha, assim que chegamos nela. Você até tentou continuar a brincadeira, mas não deu muito certo quando seu chute a levou para bem longe (rs). E assim surgiu um assunto, conversamos andando por quadras e quadras... chegamos ao destino e nos despedimos com carinho inocente que sempre deixa o gostinho de quero mais... 
A felicidade nos une, e faz com que tenhamos a força de continuar. Simplesmente nos aceitamos, e sabemos que é complicado lidar com isso. Queremos o melhor, e não o mais fácil.
O dia passou, tristezas e alegrias depois...
Sei que sua sensibilidade não é como a minha, mas sei também que se falo dos momentos em que caminhamos juntos, você não se esquece de que chutou uma pedra, pra eu chutar também, e também do sorriso inocente que demos quando quase fui ao chão com seu empurrão.
Foram tantas pedrinhas, tantos caminhos... sempre só nós dois. Elas ficaram, mas os sorrisos que ela e o empurrão causaram continuaram na memória. Seu jeito singelo de me abraçar, de me beijar a testa, e até de colocar o pé na frente do meu só pra eu tropeçar, fazem com que eu te ame, e me divirta muito com você.
Tenho vontade de caminhar ao teu lado todos os dias. Muito além das pedrinhas, houve também a oportunidade de chutá-las. Muito além disso, elas não são só problemas. Talvez sejam uma solução, quando não estivermos tão bem, e você chutar, fazendo-me lembrar dos momentos.
Sendo fácil ou difícil, o essencial é a maneira com que interpretamos os fatos. E você, meu amor, é o melhor fato da minha vida. 

(Denyria Plácido)

domingo, 24 de julho de 2011

...só mais cinco minutinhos...


Silêncio,
silêncio,
silêncio... 
preciso de silêncio, uma coberta, janelas e cortinas fechadas. Deitar e por um momento me abster de tudo o que contribui para aparecer essa infeliz dor de cabeça. Desentupir a mente, deixar que se esvaiam os pensamentos. Entrar em órbita.

Ruídos baixinhos, 
ainda ouço sons...

Tentar não pensar em nada, esvaziar-se... ser irracional por apenas um momento.

Pronto.
Nenhum barulho.
Ninguém por perto.
Respiração funda...

Estar cara-a-cara consigo, construir as mais belas recordações... abraços, carinhos, troca de olhares, lágrimas.
Escutar... Deus falando baixinho ao meu ouvido, explicando o que por limitação não entendo, renovando forças, dissipando furacões.

Dormir sem me atrever a olhar para o relógio.
Silenciar para colocar os pingos nos is. E quando estiver chegando a hora de falar, espere, só mais cinco minutinhos...

Rompa o silêncio, mas, 
com calma...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Poema perfeito em uma folha rasgada.

É feito instantaneamente, quando alma e coração tem o desejo de por algo pra fora. Suas mãos pegam o primeiro papel que vêm e qualquer coisa que o risque. O título já foi formado, então, é hora de acabar com esse barulho de mosquito.
É tanta palavra, tanta frase, tanta coisa que ta na sua cabeça que não dá-se conta de passar tudo para uma folha. O caderno da faculdade e uma caneta bic azul foram o alvo, que horas mais cedo foram usados, um para preencher uma ficha cadastral e outro apenas para apoio.
Detalhados fatos imperceptíveis que diariamente acontecem... 
Fala-se que o poema perfeito é aquele que menciona seu sentimento momentâneo; basta estar escrito o que se quer ler com dramatismo e excelência, e pronto! Como um rápido milagre da vida para a morte e da morte para a vida, descobre-se o autor preferido...
até o sentimento mudar.
A propósito, fatos imperceptíveis que diariamente acontecem só escritores percebem. Quem algum dia percebeu e não registrou, desprezou a vida. Melhor que ter olhos é ter visão. Melhor que ter boca é falar. Melhor que ter mãos é fazer. 
E o melhor da vida é declamar um poema perfeito, feito em uma folha rasgada.


( Denyria Plácido )

domingo, 1 de maio de 2011

Antes verdadeiro ser...





Me sinto fraca e não me envergonho disso. Reconheço que minha força vem do alto e que quando sou fraca, demonstro minha força maior. Estamos rotulados a buscar ser forte; modelo pra viver, sentir, agir. Não sei o significado que o aurélio dá para isso, mas sei que isso nada mais é do que uma tristeza interior e momentânea. Tristeza que se vai com a noite. Tristeza por ouvir o que não queria, deixar escorrer sorrisos pelos vãos dos dedos e olhares pela boca. Estranho...
Isso denominam como carência. O que realmente importa é que quando amanhecer a alegria virá junto com o sol. Desconheço a escuridão, e, enquanto houver luz em minha vida, explorarei cada sentimento memorável ao coração. Seja fraqueza, carência ou dor... antes verdadeiro ser do que em esconderijos e mentiras me esconder. Boa noite.


(Denyria Plácido)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tudo o quê?

        Embora a palavra obrigado tenha um significado e uma importância gigantesca, o tudo acompanhado sempre deixa questionamentos interessantes em mim. Obrigado por tudo. Tudo o quê? Se for por deixar a sua vida mais bela, mais interessante, mais alegre, quem te agradece sou eu. Cada pérola encontrada em minha vida faz brotar em mim uma vontade absurdamente grande de viver, de descobrir.
Se for por te ajudar quando mais precisa, falar quando deve ouvir ou por simplesmente silenciar, eu fico muito feliz que reconheça isso... realmente tento dar o meu melhor e fazer com que pense antes de tudo que possa fazer.
Se for por simplesmente estar ao seu lado, fico com receio... posso ser arrogante e muitas vezes chata... é 8 ou 80, sim ou não, e ponto. Mas, se mesmo diante disso ainda agradece pela minha presença, por nada, a sua presença é fundamental em minha vida!
Se for por ter sido sincera contigo saiba que esse é o meu ponto forte, então espero surpreender-te cada vez mais.
Se for por ter passado algum momento de alegria contigo, me chame mais vezes! Quero sempre ver seus dentes brancos sorrindo e seu olhar radiante.
Agora, se foi simplesmente por não saber o que dizer... fique quieto! Antes o silêncio do que uma palavra mal proferida. Minha mente viaja pelos vales e montanhas em cada palavra que diz. Então, muito cuidado. Peço que olhe nos meus olhos, que preste atenção, que dê valor. Não me faça confiar se não estiver disposto a dar seu cem por cento. Pense no que diz, porque eu posso acreditar.
E por tudo isso que disse aqui, obrigada. Fez-me pensar em quão bem você faz ao meu coração. É flor que desabrocha a cada dia, que ilumina e torna o meu dia mais bonito. A flor que se não cuido, morre; a flor delicada. E é disso que eu gosto: de quem é bonito e feio, forte e fraco. Isso me admira, e estou completamente encantada por você.

(Denyria Plácido)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Arrisque-se!

       Como ainda não sei nomear a um só sentimento o que sinto por você, creio eu que nesse clima de férias uma montanha russa poderá descrevê-lo: Ora sobe e sinto meu coração preenchido, ora desce e tenho certeza que tudo não passou de minha doce e ao mesmo tempo triste ilusão. A emoção são as voltas que o carrinho dá; às vezes tão firme, às vezes tão curvada para baixo que tenho certeza que vou cair e que a queda será grande demais. Não sei se é bom ou ruim que a montanha tenha um ponto de chegada. Leva-me a pensar que a vida não é só diversão e todo amor chega ao fim. Então, enquanto estou na fila deste imenso brinquedo, sonho em um dia encontrar um brinquedo desses, infinito.
Se o bom da vida é viver, não estou preocupada com o que vão pensar e/ou falar da minha insensata lucidez. Quero mais é sentir as emoções e acreditar que um dia tudo dará certo. Quero que a minha própria vida seja uma montanha russa, com bastantes lugares para todos que vivem comigo, mas, apenas um ao meu lado; e hoje o meu escolhido é você! Quero ver até onde você aguenta, parceiro. Vamos viver juntos, lado a lado, o gritos, as risadas, as preocupações, os friozinhos na barriga, o medo, a adrenalina, a diversão e tudo o que a vida nos oferece. Porque, embora precise de muita coragem, tolice viver sem se arriscar.

(Denyria Plácido)


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Decisões

Na falta, olhei para o lado e gostei do que vi. Mas, foi ilusão. E logo meus pés voltaram ao chão. Queria descobrir a sensação ou pelo menos sentir o gostinho. Mas a realidade é outra. Agora, acordada, volto a olhar para frente. Olhar fixo no horizonte. Pés firmes no chão, dispostos a caminhar.
A paisagem ao lado é linda, distante, mas ao mesmo tempo tão próxima... É irresistível! Quero quebrar as regras.
A paisagem da frente é a ideal. Não é perfeita, porém, é mais próxima, mas segura e mais resistente.
Por olhar demais, talvez tenha até que ir para trás.
Não vou esquecer a paisagem do lado. Vou ter belíssimas recordações e encantados sonhos com ela.
E a de frente, não sei. Talvez eu encontre uma melhor ainda mais pra frente. Talvez eu descubra coisas novas de onde estou. O que não posso admitir é como o horizonte está hoje. O contentamento é a morte do sonho, e eu pretendo ser eterna sonhadora.


(Denyria Plácido)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano novo não é vida nova.

Bobeira pensar que um ano a mais e um dia diferente no calendário mudará toda a sua vida. O que muda são os pensamentos; a esperança é renovada, a fé de que tudo dará certo renasce e a coragem é reabastecida.
A partir da mudança de pensamentos, não a partir de uma nova data. E digo mais: não precisamos esperar um novo ano para termos essa mudança de pensamentos. A tolice é acreditar que ano que vem será melhor, e o erro é ficar parado durante o ano que chegou. A vida nova que tanto queremos está dentro de nós, esperando para ser jorrada como água cristalina que faz nascer a vida. Como vida que vence a morte. Como perdão para os erros e recomeço para os fracassos.
A felicidade está nas mãos daqueles que souberam buscá-la, mas não esperaram encontrá-la para sorrir.

(Denyria Plácido)