"Quero voar num sonho chamado poesia; sem limites, o céu atingir... atrevida!

Lá estarei... sobrevoando mares, sentindo o vento dos vales e das nuvens. Ver o quanto somos pequeninos...

Enfim, trocar as estrelas por margaridas me sorrindo."

(Sirlei L. Passolongo)




domingo, 24 de julho de 2011

...só mais cinco minutinhos...


Silêncio,
silêncio,
silêncio... 
preciso de silêncio, uma coberta, janelas e cortinas fechadas. Deitar e por um momento me abster de tudo o que contribui para aparecer essa infeliz dor de cabeça. Desentupir a mente, deixar que se esvaiam os pensamentos. Entrar em órbita.

Ruídos baixinhos, 
ainda ouço sons...

Tentar não pensar em nada, esvaziar-se... ser irracional por apenas um momento.

Pronto.
Nenhum barulho.
Ninguém por perto.
Respiração funda...

Estar cara-a-cara consigo, construir as mais belas recordações... abraços, carinhos, troca de olhares, lágrimas.
Escutar... Deus falando baixinho ao meu ouvido, explicando o que por limitação não entendo, renovando forças, dissipando furacões.

Dormir sem me atrever a olhar para o relógio.
Silenciar para colocar os pingos nos is. E quando estiver chegando a hora de falar, espere, só mais cinco minutinhos...

Rompa o silêncio, mas, 
com calma...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Poema perfeito em uma folha rasgada.

É feito instantaneamente, quando alma e coração tem o desejo de por algo pra fora. Suas mãos pegam o primeiro papel que vêm e qualquer coisa que o risque. O título já foi formado, então, é hora de acabar com esse barulho de mosquito.
É tanta palavra, tanta frase, tanta coisa que ta na sua cabeça que não dá-se conta de passar tudo para uma folha. O caderno da faculdade e uma caneta bic azul foram o alvo, que horas mais cedo foram usados, um para preencher uma ficha cadastral e outro apenas para apoio.
Detalhados fatos imperceptíveis que diariamente acontecem... 
Fala-se que o poema perfeito é aquele que menciona seu sentimento momentâneo; basta estar escrito o que se quer ler com dramatismo e excelência, e pronto! Como um rápido milagre da vida para a morte e da morte para a vida, descobre-se o autor preferido...
até o sentimento mudar.
A propósito, fatos imperceptíveis que diariamente acontecem só escritores percebem. Quem algum dia percebeu e não registrou, desprezou a vida. Melhor que ter olhos é ter visão. Melhor que ter boca é falar. Melhor que ter mãos é fazer. 
E o melhor da vida é declamar um poema perfeito, feito em uma folha rasgada.


( Denyria Plácido )