"Quero voar num sonho chamado poesia; sem limites, o céu atingir... atrevida!

Lá estarei... sobrevoando mares, sentindo o vento dos vales e das nuvens. Ver o quanto somos pequeninos...

Enfim, trocar as estrelas por margaridas me sorrindo."

(Sirlei L. Passolongo)




sábado, 27 de agosto de 2011

As pedrinhas que vão ficando no caminho.



Estava aqui, lembrando de alguns momentos só nossos, que você faz questão de deixar passar despercebido. As idas e vindas que o amor faz com que a gente viva. O que insiste em chamar de difícil e não larga mão de jeito nenhum. Lembrei de quando caminhamos rumo à minha casa, abraçados, puxando assunto pra não ficar em silêncio; não durou muito. O silêncio nos chamou e respondemos sim. Você me deu um leve empurrão pra calçada, e olhou pra mim com um lindo sorriso, como o de uma criança, que faz arte e sorri para não levar bronca.  Eu sorri também, e te empurrei dizendo "sai pra lá, seu bobo".  Sorrimos juntos. Você chutou uma pedrinha, ainda sorrindo, e voltou a me abraçar. Deu-me um leve beijo na testa, que me fez sorrir de novo, como uma menininha com boneca nova. Beijei-te o rosto e te fiz sorrir também. Continuamos andando e eu chutei de novo a pedrinha, assim que chegamos nela. Você até tentou continuar a brincadeira, mas não deu muito certo quando seu chute a levou para bem longe (rs). E assim surgiu um assunto, conversamos andando por quadras e quadras... chegamos ao destino e nos despedimos com carinho inocente que sempre deixa o gostinho de quero mais... 
A felicidade nos une, e faz com que tenhamos a força de continuar. Simplesmente nos aceitamos, e sabemos que é complicado lidar com isso. Queremos o melhor, e não o mais fácil.
O dia passou, tristezas e alegrias depois...
Sei que sua sensibilidade não é como a minha, mas sei também que se falo dos momentos em que caminhamos juntos, você não se esquece de que chutou uma pedra, pra eu chutar também, e também do sorriso inocente que demos quando quase fui ao chão com seu empurrão.
Foram tantas pedrinhas, tantos caminhos... sempre só nós dois. Elas ficaram, mas os sorrisos que ela e o empurrão causaram continuaram na memória. Seu jeito singelo de me abraçar, de me beijar a testa, e até de colocar o pé na frente do meu só pra eu tropeçar, fazem com que eu te ame, e me divirta muito com você.
Tenho vontade de caminhar ao teu lado todos os dias. Muito além das pedrinhas, houve também a oportunidade de chutá-las. Muito além disso, elas não são só problemas. Talvez sejam uma solução, quando não estivermos tão bem, e você chutar, fazendo-me lembrar dos momentos.
Sendo fácil ou difícil, o essencial é a maneira com que interpretamos os fatos. E você, meu amor, é o melhor fato da minha vida. 

(Denyria Plácido)