"Quero voar num sonho chamado poesia; sem limites, o céu atingir... atrevida!

Lá estarei... sobrevoando mares, sentindo o vento dos vales e das nuvens. Ver o quanto somos pequeninos...

Enfim, trocar as estrelas por margaridas me sorrindo."

(Sirlei L. Passolongo)




segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A vida e seus aprendizados.

Preparar uma festa de casamento é ao mesmo tempo divisória e impactante.

Eu descobri que os fornecedores são os que menos me decepcionam, e, pelo contrário, me atendem com muita atenção, preocupação e carinho. Acreditem, a maioria. Eles me emocionam e conquistam. São fantásticos no serviço deles. E, apesar de ainda não ter chegado a data para ver os detalhes, tem valido a pena cada centavo gasto.
Na verdade, eu me decepciono mesmo é com os amigos. E surpreendo-me. A todo momento. Me tornar bipolar nessa fase declarei como aceitável. É notícia boa e ruim ao mesmo tempo. Juntas.

Têm pessoas de quem eu não espero nada, e mesmo assim me decepcionam. Têm aquelas que não estão nem aí para o grande dia. E têm as que convivem comigo diariamente e não dão a mínima para o que está acontecendo.
Por outro lado, eu não sei como agradecer as pessoas que estão nos ajudando. Eu digo MUITO OBRIGADA todos os dias e isso nunca vai ser nem de longe o suficiente para agradecê-las à altura. Tem pessoas que ajudam mesmo.

Eu fiquei chateada no começo com quem não deveria ficar. E briguei sem medo com quem eu deveria brigar.
Eu me descobri. E ainda venho me descobrindo.

E nessa confusão toda eu e o noivo nos divertimos muito. Vibramos a cada conquista; a cada contrato que conseguimos fechar. Nos emocionamos com cada ganho. Descobrimos a cada dia que tomamos a decisão certa e somos gratos por termos um ao outro.

Um certo dia nos perguntamos o porquê de estarmos fazendo isso. Que a festa era um mínimo detalhe.
Não nos importamos com isso e independente de não fazermos nada, o importante era casarmos; só queríamos ser um. Mas isso já somos faz tempo. Já casamos de coração e não há papel nenhum que diga o contrário.
Deus já nos deu Sua bênção há anos. Escreveu tudo nos mínimos detalhes e sabemos disso. Sentimos. Vemos. Cremos. Temos certeza.
Deus foi muito gentil com a gente. Quem sabe, sabe.

Mas, a festa de casamento é uma peneira. Dividindo quem está comigo e quem não.
Eu achei que a lista dos convidados já fosse uma, mas muitas pessoas passaram imunes por ali. A peneira do casamento é menor, bem mais fina.

Eu estou descobrindo quem são os meus. Estou aprendendo a brigar pelo que acredito; a parar de engolir sapo; a curtir cada momento; a ter gratidão por quem está ao meu lado e a amar as pessoas certas. A amar quem não tem nada a me oferecer além de sentimentos. E que os sentimentos são maiores que tudo. Eu estou descobrindo sentimentos.
Estou deixando de ter preconceitos, abrindo a minha cabeça e saindo da zona de conforto.

Preparar festa de casamento é um aprendizado. E vale a pena.
Não sei como ficará o resultado final, mas eu sei que o amor resplandecerá sobre cada item.
Eu sei que nós vamos curtir a festa mais que todo mundo, porque sabemos o esforço que fizemos.
Eu sei que no final valerá a pena e que Deus estará onde estivermos.

Eu sei que padrinhos se afastarão. Sei também que colegas virarão amigos. Sei que amigos que eu nem esperava nos darão conselhos futuramente.

Ouvi de tanta gente que preparar festa é muito chato, e estou achando uma delícia.
Ouvi de tanta gente que morar junto não é fácil, e acho divertido demais.
Ouvi de tanta gente que o noivo não faz nada, é só convidado para a festa, e o meu escolhe até se os detalhes vão ser em prata ou dourado, se a flor vai ser rosa ou lisianthus, se o arranjo tem que ser alto ou baixo, se a mesa vai ser para 10 ou 8 convidados.
Ouvi de tanta gente todas as regras, e mudei a maioria delas.

E isso porque nem chegou o casamento ainda.

Mas já pode vir.




(Denyria Plácido)


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